A prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, assim como demais detalhes da operação, foram mantidos em sigilo pelas corporações envolvidas.
Nem mesmo policiais de Santa Catarina, onde ocorreu a detenção, souberam que ele seria preso com antecedência. Havia uma preocupação entre os investigadores de vazamentos, conforme fontes das corporações relataram à CNN. O comando da operação ficou com a Polícia Federal (PF) de Brasília.Veja também: Ex-diretor da PRF passa mal durante depoimento à PF
Determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão, realizada pela PF na quarta-feira (9), teve como pano de fundo relatos de que testemunhas mentiram aos investigadores por “temor reverencial” a Silvinei.
Assim, para evitar qualquer tentativa de atrapalhar a ação por parte dos investigados, a PF teria mantido em sigilo os detalhes da operação.
Fontes da corporação disseram à reportagem que devido à grande quantidade de policiais envolvidos nas denúncias, além do próprio Silvinei, o risco de vazamento de informações sobre a operação da PF era alto.
Por isso, os agentes que atuaram na prisão do ex-diretor da PRF e de toda a operação que mirou a ex-cúpula da PRF foram escolhidos a dedo.
Além da prisão de Silvinei, outros ex-membros da PRF foram alvos da operação de quarta-feira. Entre eles, o ex-corregedor-geral da PRF, Wendel Matos; o ex-diretor de Operações, Djairlon Moura; e o ex-diretor de Inteligência da PRF, Luis Carlos Reischak.
A PF apura se o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal ordenou ações, durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, que dificultaram o acesso de eleitores às urnas, principalmente em cidades do Nordeste, região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as intenções de votos.
Créditos: CNN Brasil