Os produtos linha branca — que incluem refrigeradores, máquinas de lavar, freezers e lava-louças — foram os que mais subiram de preço na semana da Black Friday deste ano, com alta de 62,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
É o que mostra um levantamento exclusivo da empresa de dados para varejo e indústria Scanntech.
Na sequência, aparecem os suplementos alimentares para academia, com avanço de 46,6%, e os eletrônicos, com alta de 37,1%.
A diretora de marketing da Scanntech, Priscila Ariani, explica que a elevação nos preços se deve, principalmente, aos efeitos da inflação. Segundo ela, as categorias mais impactadas pela Black Friday registraram aumento médio de 1,6% em comparação a 2022.
Apesar deste movimento, a especialista diz que a data mostrou preços mais baixos em comparação aos demais dias da semana.
“Na sexta-feira, especificamente, observamos uma redução de 5% contra os demais dias da semana, que ainda assim teve um crescimento de 2,8% das vendas em unidades”, pontua.
O estudo também revelou que, durante a semana de promoções, as vendas da “cesta Black Friday” são 89% maiores na sexta-feira do que nos demais dias.
“Este ano, as vendas na ‘sexta-feira Black’ foram um pouco mais concentradas do que no ano passado, ou seja, apesar de falarmos muito de ‘Black November’ e não somente de Black Friday, o pico de vendas destas categorias ainda se dá mais fortemente na sexta”, avalia a executiva.
Em termos de número de vendas, o atacarejo foi o setor que mais se destacou. Segundo o levantamento, o canal foi o único que teve redução de preço (-2,8%) e o maior crescimento nas vendas (+6,7%) na Black Friday deste ano.
Para o levantamento, a Scanntech analisou 22 categorias para composição da “cesta Black Friday”, oriundas de informações brutas de mais de 9 bilhões de tickets por ano, relativos a um faturamento de mais de R$ 680 bilhões realizados em mais de 40 mil pontos de venda do varejo alimentar no período da Black Friday de 2023 e do ano anterior.
Créditos: CNN Brasil