O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou a restrição ao uso dos mísseis de longo alcance ATACMS pela Ucrânia, permitindo ataques contra alvos estratégicos no território russo. A decisão ocorre em meio à crescente tensão provocada pelo envolvimento da Coreia do Norte, que enviou milhares de soldados para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
Esses mísseis, que podem atingir alvos com precisão a mais de 300 km, eram usados apenas em território ucraniano. A liberação representa uma mudança significativa na postura americana, especialmente com a vitória de Donald Trump nas eleições, que deixa incerta a continuidade do apoio à Ucrânia.
O uso desses armamentos levanta preocupações globais. Vladimir Putin classificou a autorização como uma escalada no conflito e ameaçou com testes nucleares, enquanto parlamentares russos consideram o ato um passo rumo a uma terceira guerra mundial. Ainda assim, o governo ucraniano defende que os mísseis ajudarão a enfraquecer a logística militar russa, dificultando o reabastecimento de tropas.
Além disso, a presença de tropas norte-coreanas ao lado das forças russas aumentou o alerta na OTAN e em países como Coreia do Sul e Estados Unidos, que consideram o envio dessas tropas uma escalada grave. Até dezembro, entre 10 e 12 mil soldados norte-coreanos devem se juntar às forças russas, alimentando a guerra e ampliando os riscos de confronto direto entre potências globais.
A guerra, iniciada em fevereiro de 2022, já atravessa sua fase mais crítica, com avanços russos e uma tentativa da Ucrânia de retomar o controle estratégico com o apoio ocidental.
Por: Redação