01 de Fevereiro de 2023
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Edifício Rolim: De prédio abandonado no centro de SP à casa do terror que mistura história e sustos

Edifício Rolim: De prédio abandonado no centro de SP à casa do terror que mistura história e sustos

No coração da Praça da Sé, no centro de São Paulo, um edifício histórico e imponente, o Edifício Rolim, ganhou uma nova vida — e muitos gritos. Construído em 1928 no terreno onde existia a igreja de São Pedro da Pedra, o prédio, com sua cúpula chamativa, foi abandonado por décadas e, agora, se tornou uma das atrações mais inusitadas da cidade: uma casa do terror.

A ideia, capitaneada pelo empresário Facundo Guerra, transforma o Rolim em um espaço de escape room que mistura realidade e ficção, aproveitando a deterioração e as histórias sombrias associadas ao local. O projeto, lançado oficialmente no último Halloween (31 de outubro), já vendeu mais de 2.000 ingressos a R$ 99 cada e promete aos visitantes uma experiência assustadora de uma hora.

Como funciona a experiência

O terror do Edifício Rolim está dividido em 7 dos 13 andares do prédio, com uma ambientação cuidadosamente trabalhada para oferecer imersão total:

  • Recepção assustadora: A experiência começa com um "guia turístico do hotel", interpretado por um ator, que recebe os visitantes e explica as regras. Antes de começar, cada participante assina um termo de responsabilidade.
  • Narrativa sombria: Os visitantes são apresentados à história real e fictícia do prédio antes de subirem os andares e entrarem no jogo.
  • Caçada e sustos: Em grupos de 10 pessoas, eles precisam "sobreviver" à narrativa, enfrentando desafios e sustos ao longo do trajeto. Mais de 20 atores participam da ação, espalhados pelos andares.
  • Palavra-chave: Caso alguém não consiga suportar o medo, há uma palavra-chave para sair da experiência a qualquer momento.
  • Bar no último andar: Quem chegar até o final é recompensado com a possibilidade de relaxar em um bar no topo do edifício, mas as bebidas são pagas à parte.

O passado sombrio do Rolim

Além de ser um marco na paisagem do centro histórico, o Edifício Rolim carrega histórias macabras que inspiraram a criação do jogo. Durante a pesquisa para o projeto, foi descoberto que o local foi palco de feminicídios e suicídios ao longo das décadas, o que reforçou sua aura de mistério e terror.

“Não é algo exclusivo desse prédio, mas do próprio centro da cidade, que concentra uma longa história de eventos trágicos. Aproveitamos esses elementos para criar uma narrativa que combina fatos reais e ficção, transformando o Rolim em um universo de histórias de terror”, explica Facundo Guerra.

Para enriquecer a experiência, um livro de contos foi encomendado para uma escritora, explorando os eventos históricos e recriando crimes fictícios relacionados ao edifício.


A ideia por trás do projeto

Inicialmente, o empresário Facundo Guerra e seu sócio pensavam em transformar o Rolim em um hotel, mas as condições do prédio e os preconceitos associados à região central de São Paulo fizeram o plano mudar de rumo.

"O prédio estava abandonado há 30 anos e era inviável restaurá-lo para um hotel, considerando as condições internas e o estigma da Praça da Sé. Decidimos, então, usar sua decadência como base para uma história de terror", afirma Facundo.

O prédio, tombado desde 2015, passou por reformas nas áreas internas para acomodar a nova atração, mas as fachadas externas foram mantidas, em conformidade com as regras do órgão de preservação histórica.


História e cultura se encontram

Para especialistas, a transformação do Rolim em uma casa do terror é um exemplo de como edifícios históricos podem ganhar novos significados. Segundo Marianna Al Assal, historiadora e professora da Escola da Cidade, o tombamento do Rolim se deu principalmente pelo impacto urbano do prédio, como parte do conjunto arquitetônico da região do Pátio do Colégio.

"O tombamento considera o prédio como parte da paisagem histórica da Praça da Sé, mas não por um valor próprio de preservação interna, que já foi desconfigurada ao longo dos anos", explica.


Terror que encanta

Apesar de o local ser assustador, a experiência tem atraído um público diverso, de amantes de terror a curiosos. Paula Nascimento, uma das visitantes, conta que, além de assustador, o passeio é emocionante:

“Gosto de filmes e literatura do gênero terror. Quando você sai da experiência, sente aquela adrenalina, aquela sensação de 'eu venci'.”

 

Ingressos: Disponíveis por R$ 99, com agendamento online.
Local: Edifício Rolim, Praça da Sé, São Paulo.

Fonte: G1

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