O Brasil lançou oficialmente no G20 sua principal proposta como líder do grupo: a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa prevê taxar grandes fortunas em 2%, gerando até US$ 250 bilhões anuais para financiar programas de combate à fome, que afeta 733,4 milhões de pessoas no mundo, segundo a ONU. No entanto, a ideia enfrenta resistências lideradas pelo presidente argentino, Javier Milei, que se reuniu com Donald Trump e já sinalizou rejeição à proposta de tributo global.
Além disso, Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, reforça sua oposição à taxação de fortunas, preferindo reduzir impostos sobre os ricos. Enquanto países como a União Europeia e Reino Unido aderem à iniciativa, o texto final do G20 deverá trazer apenas uma menção genérica à análise da proposta.
A presidência brasileira no G20 também encontra desafios em outros temas, como a crise climática, com países desenvolvidos e emergentes divergindo sobre financiamento ambiental, e a reestruturação de organismos multilaterais, que enfrenta resistência histórica e deve ser contestada por Trump a partir de 2024.
Por: Redação