A inteligência artificial Grok, desenvolvida em uma iniciativa de Elon Musk, afirmou que o bilionário espalhou desinformação em vários tópicos, incluindo eleições, para sua audiência no X. A resposta começou a circular na rede social na última segunda-feira (11).
"As postagens de Musk relacionadas às eleições, que continham alegações enganosas ou falsas, acumularam bilhões de visualizações", afirmou o Grok, disponível somente para usuários da versão paga do X, em resposta ao usuário Gary Koepnick, que compartilhou o resultado.
Musk participou ativamente da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e desembolsou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,15 bilhão) em doações para o republicano.
Na terça-feira (12), Trump anunciou Musk como chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, que, segundo Trump, vai trabalhar para "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, cortar gastos desnecessários e reestruturar as agências federais".
Alegações falsas de Musk
Uma das fontes citadas pelo Grok, um concorrente do ChatGPT, para apontar a desinformação de Elon Musk é um estudo da ONG americana Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH).
O relatório diz que houve mais de 2 bilhões de visualizações em alegações falsas de Musk, como a de que o número de imigrantes irregulares triplicou nos estados-chave da eleição dos EUA.
A inteligência artificial também citou vídeos adulterados sobre eleição compartilhados por Musk e as consequências que suas postagens têm no mundo real. E disse que os comentários do bilionário têm visibilidade significativa porque ele é dono e o usuário mais seguido do X.
O Grok indicou ainda que algumas postagens de Musk com desinformação não receberam as Notas da Comunidade, recurso da rede social criado justamente para contextualizar o que é publicado na plataforma por contas com grande alcance.
Ao final, o robô pontuou que a desinformação pode se espalhar por vários canais, e não apenas por uma pessoa. E sinalizou que a resposta se baseou em postagens no X compartilhadas por veículos como CBS News e France 24, bem como em comentários de jornalistas na plataforma.
Fonte: G1