Presentes lado a lado na plateia do discurso do presidente Lula (PT) na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixaram evidente a mudança de postura do Legislativo.

Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), ambos adotaram certa distância regulamentar e evitaram comparecer ao evento.

Eleito em 2021, Pacheco não foi à ONU nenhuma vez com Bolsonaro. Segundo pessoas próximas, antes havia receio sobre qual mensagem seria apresentada pelo então mandatário e a relação do Brasil com mundo não estava em seu melhor momento. Daí a decisão de Pacheco de se manter afastado. Agora, a situação mudou de figura e o “ambiente é outro”, diz uma fonte.

Ao comparecer na ONU, Lira também marcou mudança frente ao governo anterior. No ano passado, o presidente da Câmara chegou a acompanhar Bolsonaro na comitiva para NY, mas foi discreto e acabou cancelando a aparição em diversos compromissos da agenda, incluindo o discurso na Assembleia-Geral. Na ocasião, ele foi substituído pelo embaixador Ronaldo Costa Filho.

Em 2021, nenhum dos dois acompanhou Bolsonaro. Enquanto o então presidente discursava, os dois debatiam medidas em Brasília com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro falou presencialmente na Assembleia em três ocasiões: 2019, 2021 e 2022. Em 2020, devido à pandemia, a participação foi online.VÍDEO: Sem reduzir desigualdade, Agenda de 2030 pode ser o maior fracasso da ONU, diz Lula

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