Presidente Lula assina decreto que qualifica organização social para gerir Centro de Bionegócios da Amazônia
Nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto de qualificação da organização social que irá gerir o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). O objetivo da medida é impulsionar novos negócios e agregar valor aos recursos naturais da região.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a atuação ampla do CBA resultará em investimentos, produtos, empregos, renda e desenvolvimento local e regional. Durante a cerimônia de assinatura do decreto no Palácio do Planalto, Alckmin ressaltou o potencial da biodiversidade da Amazônia em áreas como farmacêutica, química, cosmética e alimentícia.
Com o decreto, o CBA, antes chamado Centro de Biotecnologia da Amazônia e vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), passa a ser gerido pela organização social Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), selecionada por meio de concorrência pública. Com personalidade jurídica própria, o centro terá mais autonomia para captar recursos e ampliar suas atividades.
De acordo com a Presidência da República, os recursos públicos previstos para o CBA nos próximos quatro anos chegam a R$ 47,6 milhões. Agora, também será possível ter acesso a recursos disponíveis na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Núcleo de negócios em busca de pesquisa e parcerias com a iniciativa privada
O CBA passará a ter um núcleo de negócios com atuação em duas frentes. A primeira será na busca por pesquisas fora de seus próprios laboratórios, que resultem em produtos de "prateleira" que integrem o portfólio do centro e serão oferecidos a potenciais investidores.
Na segunda frente, em parcerias com a iniciativa privada, o centro garantirá o fornecimento de matéria-prima com regularidade e a preços competitivos, dando condições mínimas para que a indústria se estabeleça e haja sustentabilidade no trabalho das comunidades diretamente envolvidas, como ribeirinhos e povos originários.
Criado em 2003, o CBA tem trabalhado em projetos que buscam desenvolver novos produtos e processos usando insumos da biodiversidade amazônica em diversas áreas, como alimentos e bebidas, fitoterápicos, cosméticos, farmacêuticos, química, bioplásticos, agrícolas, têxtil, saúde, diagnóstica e de papéis.
Fonte: Agência Brasil