A Declaração dos Líderes do G20 foi aprovada com consenso nesta segunda-feira (18), marcando o primeiro dia da cúpula realizada no Rio de Janeiro. O texto aborda questões prioritárias como o combate à fome e à pobreza, sustentabilidade, mudanças climáticas, e a reforma da governança global para incluir maior representatividade de países emergentes em órgãos internacionais, como a ONU.
Além disso, a declaração traz posicionamentos claros sobre o fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, a taxação de ultrarricos – definidos como indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto – e preocupações relacionadas à inteligência artificial. Apesar de dúvidas iniciais, o presidente argentino, Javier Milei, que demonstrava resistências, aderiu ao consenso, ainda que tenha listado ressalvas.
Dois pontos exigiram alterações de última hora. A inclusão da palavra "infraestrutura" ampliou a condenação a ataques contra civis em zonas de conflito. Já a palavra "especificamente" foi adicionada ao parágrafo que trata da Guerra da Ucrânia, reforçando os impactos negativos do conflito na segurança alimentar, energética e na economia global.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi oficialmente lançada como parte das prioridades brasileiras na liderança do G20. A proposta de taxar fortunas globais para financiar ações contra a fome e pobreza também obteve avanços, ainda que resistências permaneçam.
Para especialistas, como Carlos Frederico Coelho, da PUC, o tom da declaração reflete um esforço por equilíbrio diplomático, com linguagem menos incisiva em relação a anos anteriores. O documento final será encerrado com a cúpula na terça-feira (19), quando o Brasil passará a liderança do G20 para outro país.
Por: Redação