01 de Fevereiro de 2023
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CEO da Adidas defende Kanye West e diz que rapper não quis fazer comentários antissemitas

CEO da Adidas defende Kanye West e diz que rapper não quis fazer comentários antissemitas

O CEO da Adidas, Bjørn Gulden, disse que não acha que Kanye West “falou sério o que disse” quando o rapper fez comentários antissemitas no ano passado.

Em uma recente entrevista em um podcast, Gulden elogiou West, também conhecido como Ye, chamando-o de “uma das pessoas mais criativas do mundo”.

Gulden disse que o fato de Ye ter feito as declarações “não foi tão bom” e levou a Adidas a quebrar o contrato e retirar seus produtos, dando fim a sua linha Yeezy.

“Muito lamentável, porque não acho que ele quis dizer o que disse e não acho que ele seja uma pessoa má. Simplesmente apareceu dessa forma”, disse Gulden, que não possui o inglês como sua primeira língua.

“Isso significou que perdemos aquele negócio, uma das parcerias de maior sucesso da história… muito triste”, completou.

A Adidas disse à CNN que a sua posição “não mudou” e que “encerrar a parceria foi apropriado”. Gulden tornou-se CEO em novembro de 2022, logo após o término da parceria com West.

West fez um discurso inflamado contra os judeus em um podcast diferente, dizendo que ele “pode dizer m***** anti-semitas e a Adidas não pode me abandonar” e ameaçou “fazer golpe de morte 3 para PESSOAS JUDAICAS” em sua conta no X, antigo Twiter.

Seus comentários geraram indignação global e, poucos dias depois, a Adidas encerrou seu relacionamento comercial de nove anos com ele.

Antes desses comentários, a Adidas colocou a “parceria sob revisão” depois do rapper usar uma camiseta “White Lives Matter” em público.

A Liga Antidifamação categoriza a frase como um “slogan de ódio” usado por grupos de supremacia branca, incluindo a Ku Klux Klan.

A Adidas sofreu um grande golpe financeiro após a dissolução da linha de calçados Yeezy.

A empresa disse que espera perder US$ 1,3 bilhão em receitas este ano porque não conseguiu vender roupas e sapatos Yeezy do estilista.

No entanto, as fortes vendas até agora de sobras de estoque da Yeezy estão ajudando a empresa a recuperar algumas de suas perdas.

Ela espera obter agora um prejuízo operacional de 450 milhões de euros (US$ 491 milhões) em 2023, um resultado muito melhor do que o prejuízo de 700 milhões de euros (US$ 764 milhões) previsto em março.

A Adidas assinou recentemente um acordo de US$ 1,2 bilhão com o clube de futebol britânico Manchester United, na tentativa de encontrar outra colaboração de sucesso após a saída de West.Veja também: Dólar recua com expectativa de decisões dos juros no Brasil e nos EUA

Créditos: CNN Brasil

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