O Banco Central (BC) reduziu a previsão de crescimento do volume de crédito bancário para 2023 de 8,3% para 7,6%. Essa nova projeção indica uma desaceleração compatível com o ciclo de aperto monetário. As informações foram divulgadas hoje (30) em Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC. A redução da projeção se deve ao crédito livre, que deve crescer 7,1%, em comparação com a estimativa anterior de 8,6%. O crédito direcionado, destinado principalmente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e microcrédito, deve crescer 8,3%. A inadimplência, o endividamento das famílias e o comprometimento da renda são alguns dos fatores que impactaram a revisão das projeções.

Para as contas externas, a projeção para o déficit da transação corrente foi revisada para baixo, de US$ 49 bilhões para US$ 32 bilhões, devido a uma reavaliação para cima do saldo esperado da balança comercial, de US$ 46 bilhões para US$ 62 bilhões. O déficit esperado da conta de serviços permanece em US$ 36 bilhões. Já na conta de renda primária, espera-se aumento nos gastos líquidos com juros em 2023, de US$ 25 bilhões relativamente a 2022. A previsão do déficit em renda primária passou de US$ 62 bilhões para US$ 61 bilhões. A estimativa de Investimentos Diretos no País (IDP) em 2023 ficou em US$ 75 bilhões.