Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto disse que a atuação da autoridade monetária vai além de mandatos de governo. Ao comentar sobre a autonomia do BC, ele afirmou que apesar de um “ruído natural”, foi possível mostrar à sociedade que o órgão é técnico.
O chefe da instituição participou da live semanal do BC ocorrida nesta segunda-feira (4).
Campos Neto comentou que é a primeira vez que um presidente do BC trabalha com um ministro que não fazia parte da mesma equipe econômica que ele, mas que foi possível avançar com propostas que vão ficar para o futuro.
“A gente conseguiu mostrar que o BC é um órgão técnico, que tem visão política e monetária que vai além de mandato de governo”, afirmou.
“Muitas coisas eu fiz, a gente fez aqui, e que vão ficar para o futuro. Num primeiro teste, tem um ruído natural, mas tem um grande aprendizado nesse processo”.Digitalização da moeda
Ao ser questionado se o papel moeda iria acabar com o avanço dos serviços digitais, como Pix e Drex, Campos Neto afirmou que este não é o objetivo do BC.
Segundo ele, a ideia é dar mais conforto e segurança aos usuários, e a extinção do dinheiro em papel pode ser uma consequência dessa digitalização.
“A gente ainda tem uma boa parte da população que é paga em papel moeda. O nosso objetivo não é acabar com o papel moeda. Acabar ou diminuir o uso (de dinheiro em papel) não é causa, é consequência”, disse.
“A gente quer fazer um processo mais digital para ter mais segurança, transparência e agilidade para as pessoas. Acaba sendo mais rápido, transparente e seguro. O nosso objetivo não é acabar com papel moeda, mas transformar as transações em mais eficientes”.Veja também: Lula diz que não vai desistir de acordo UE-Mercosul; Scholz pede pragmatismo
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Créditos: CNN Brasil