Na base anual, aumento foi de 13,9 pontos percentuais. Já na comparação com o mês anterior, a inflação na Argentina foi de 12,7% em setembro
Faltando apenas alguns dias para o primeiro turno da eleição presidencial na Argentina, a inflação no país aumentou novamente. No mês de setembro, o índice registrou um aumento de 138,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Houve um acréscimo de 13,9 pontos percentuais em comparação aos 124,4% registrados em agosto, também no mesmo período do ano anterior.
Já na comparação com o mês anterior, a inflação na Argentina foi de 12,7% – a mais alta em 21 anos. Em agosto, o índice havia alcançado 12,4%.
Os analistas ficaram surpresos com os resultados, que superaram suas expectativas. De acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, a inflação mensal era esperada em 11,5% e o índice anual em 135,6%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12/10) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
A alta da inflação argentina em setembro foi puxada pelos segmentos de vestuário (15,7%) e lazer (15,1%).
Os preços de água, eletricidade, gás e moradia (8,5%) e educação (8,1%) tiveram as menores variações no período.
No mês de setembro, o BCRA optou por não realizar alterações na taxa de juros básica da economia argentina, que atualmente está em 118% ao ano. Os juros são a principal ferramenta utilizada pelos bancos centrais para regular a inflação.
Crise e eleição
Com uma inflação estrondosa, a Argentina enfrenta escassez de reservas monetárias internacionais, ao mesmo tempo em que há uma forte demanda por dólares.
O país, que está em pleno processo eleitoral para a sucessão do presidente Alberto Fernández, terá o primeiro turno das eleições no dia 22 de outubro. Caso nenhum dos candidatos alcance 45% dos votos válidos, haverá um segundo turno, marcado para 19 de novembro.
Créditos: Contra Fatos